Hoje morri bem morto.
De morto como mais morto não há
Morto bem morto.
Como quem morre de vez.
Morto de morto.
Antes, esperava por ti, ali, em todo lado
Em cada brisa, em cada sopro, a cada som
Hoje, espero no desespero da morte
Como quem para sempre aguarda
Na eternidade de um abraço que não se completa
Na desistência do Ser
Na amargura do infinito.
Serei eu a esperança?